Nascido em Chicago no dia 17 de março de 1942, John Wayne Gacy teve uma infância meio traumática: era espancado sem grandes motivos e chamado de "bichinha" pelo pai alcoólatra, que também batia em sua mãe. John era o único filho homem, tendo duas irmãs.
Aos 11 anos, John Wayne Gacy foi atingido na cabeça por um balanço, o que lhe causou um traumatismo craniano. Nos
cinco anos seguintes, periodicamente sofria escurecimentos da visão. Foi
descoberto um coágulo em seu cérebro, que foi removido cirurgicamente, e
houve a redução do problema. Mas ele continuou fraco de saúde, o que fez com que se afastasse de atividades mais masculinas, como esportes violetos.
Apesar de todos os problemas, Wayne formou-se na faculdade de Administração, casou-se e
administrava muito bem um pequeno restaurante com sua esposa. Até que
acabou sendo acusado de ter abusado sexualmente de um jovem empregado. John Wayne Gacy contratou um adolescente assassino para espancar uma
testemunha da promotoria, e mais acusações pesaram sobre ele, assim só piorou a sua situação
e pegou dez anos de prisão, mas foi solto em dois anos por bom
comportamento. Entretanto, sua esposa o largou neste período. Gacy voltou então para Chicago.
Depois disso John Wayne tornou-se uma cidadão exemplar, trabalhando com a
política local e se fantasiando de palhaço em festa infantis, ficando muito querido pelas crianças da cidade, o tipo de pessoa que dificilmente cometeria algum crime...
Foi então que começou a matar, perto de fazer 30 anos, em 1972. Muitas vezes
atacava conhecidos, mas em outras ocasiões abordava pessoas na rua, às
vezes de uma forma convidativa, outras mais intimidativo. suas vítimas eram todos homens – adolescentes ou jovens adultos. Os rapazes recebiam propostas de emprego, iam até a casa de Gacy, eram
embebedados, amarrados numa cadeira e sexualmente violentados. Sodomizava-os, torturava-os e depois os matava, geralmente sufocados ou
estrangulados. Jogava os corpos no porão de sua casa, sob um alçapão oculto.
John Wayne foi pego em 1978. Sua empresa prestou um serviço de
reforma a uma loja, e nesta loja Gacy convidou um jovem a trabalhar em
sua firma. O jovem, quando foi encontrar Gacy à noite, disse a amigos o
que estava indo fazer. Quando se notou o seu sumiço, a polícia foi à
casa de Gacy e sentiu o odor pútrido da morte. Entretanto, não foram
encontrados corpos, mas: sedativos, algemas, livros sobre
homossexualismo, instrumentos para “jogos” sexuais, uma pistola, um
pênis de borracha, maconha, além de objetos que aparentavam não
pertencer a Gacy.
A polícia começou a periciar as evidências e instituiu vigilância
sobre ele. Descobriu-se então sobre o seu passado (a condenação em
outro estado) e que vários empregados seus, que geralmente eram menores,
haviam desaparecido. Acabaram, então, voltando à sua casa, que ainda tinha aquele cheiro horrível. "É só um entupimento nos canos de esgoto", explicou Gacy, tentando enganar os policias novamente, mas desta vez eles decidiram investigar. No porão, sob o alçapão oculto, foram encontrados os restos de vinte e
nove garotos entre nove e vinte e sete anos, com sinais de tortura,
violências sexuais e estrangulamento.
Em 1988, Gacy foi condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte. Já preso, John Wayne Gacy tentou culpar “Jack Hanson”, uma suposta segunda personalidade sua. Em um depoimento, desenhou um mapa com a disposição dos corpos – em
seguida, aparentou desmaiar. Quando “voltou a si”, disse que foi “Jack” o
autor do desenho.
Enquanto aguardava no Corredor da Morte do Menard Correctional Center
de Illinois, Gacy - apelidado pela imprensa de "Palhaço Assassino" -
passava o tempo fazendo desenhos infantis, especialmente palhaços.
Uma das pinturas de John Wayne Gacy |
Apesar das contradições e negativas, alguns fatos foram descobertos
sobre seu modus operandi: sabe-se que gostava de ler passagens bíblicas
enquanto enforcava as vítimas; outras vezes, vestia-se de palhaço
enquanto as torturava. Enfiava as cuecas dos rapazes em suas bocas para
sufocá-los. John Wayne Gacy encaixa-se perfeitamente na fantasia do “Palhaço Assassino”.
Tinha uma rotina obsessiva na cadeia: anotava cada ligação, carta ou
visita recebida, e até mesmo o que comeu. Conta-se que, nos 14 anos que
esteve preso, passou a abusar de álcool e tentou suicídio.
Pouco antes de morrer, em 1994, de injeção letal, já sedado,
pronunciou suas últimas palavras: “Kiss my ass!” (Beije minha bunda!).
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