Capítulo 3
Enquanto eu dirigia, conversávamos sobre como tudo começou para cada um, sobre os pais e irmãos que tivemos de matar, e como tudo parecia um pesadelo.
Vítor estava muito triste por sua mãe e seu irmão, mas ainda tinha esperança de encontrar seu pai vivo. Todos nós queria-mos encontrá-lo são e salvo, até porque seria bom ter um adulto entre nós.
No caminho, notei que a estrada estava deserta, exceto pelas centenas de carros, amassados e com os vidros quebrados. Conforme íamos andando vários carros continuavam a tumultuar a pista, todos abandonados. Eram tantos que eu tive que pegar caminho pela calçada, onde deveria haver várias pessoas caminhando.
Fomos seguindo, até que a alguns metros avistei uma loja de armas, eu já estava quase sem munição e se as pessoas continuassem a querer nos lanchar, armas de fogo seriam indispensáveis.
Paramos e entramos cautelosamente. Lá dentro estava tão deserto quanto lá fora, não havia ninguém, apenas um balcão e uma grande parede atrás, com várias armas a mostra, de diversos modelos.
Mesmo assim, toquei a campainha em cima do balcão, mas ninguém apareceu, então toquei novamente, um barulhinho ecoou pela loja, nesta hora uma daquelas coisas, acho que o nome apropriado é zumbi, ou morto-vivo, se levantou rapidamente me dando um susto como nunca tinha sentido antes.
Acho que ele era o recepcionista, vinha para cima de nós, mas não conseguia ultrapassar o balcão, era um ser totalmente lerdo, certamente seu cérebro não servia mais pra nada, era apenas um cadáver ambulante que só pensava em se alimentar. Então eu tive tempo de puxar a minha arma e disparar contra ele, infelizmente eu ainda estava nervoso pelo susto, e o tiro acertou o seu ombro, que de nada adiantou. Ele tentava pular o balcão como se fosse uma criança, nós podiamos ir embora, mas precisávamos das armas. Então eu me preparei para dar um tiro certeiro na sua cabeça, e apertei o gatilho... tick tick, eu estava sem balas, foi justamente nessa hora que o morto-vivo conseguiu passar pelo balcão e caiu no chão, veio se arrastando em minha direção, faminto por carne humana.
Disse para os meus primos, não tentarem nada, eu podia me virar e não queria pô-los em risco, descarreguei toda a minha força para as minhas pernas e imaginei que a cabeça da criatura fosse uma bola e então a chutei com toda a minha força, separando-a do corpo. Aquele ser já estava meio que apodrecido por isso foi fácil decapitá-lo. E mesmo sem cabeça, ele ainda se mexeu um pouco antes de morrer.
Com o caminho livre finalmente pudemos pegar as armas. Eu escolhi uma cartucheira, com balas de sal grosso para estourar os miolos daquelas coisas, e recarreguei a pistola que peguei do papai, pois ela seria útil para atirar de longe, embora eu sempre tivesse que me aproximar o máximo possível para acertar a cabeça daquelas criaturas. Fernanda optou por uma simples pistola. Leandro e Vítor também se armaram, cada um pegou uma metralhadora automática.
Eu tive de ensiná-los o pouco que aprendi nas últimas horas, o básico, como atirar corretamente, a mira, carregamento e a lição mais importante: Sempre atirar na cabeça. Era a única forma de executar os zumbis.
Me lembrei de pegar bastante munição, todos os pentes e balas que haviam na loja, botei tudo no porta malas. Então entramos no carro e seguimos rumo ao Super- Mercado.
Parte 4 chega hoje a noite ou amanhã!
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