quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teseu e o Minotauro


Sabe-se que Teseu era filho de Etra mas o seu pai pode ser Egeu, o rei de Atenas, ou Poseidon, o deus dos mares, pois Etra gozou na mesma noite da companhia de ambos (Egeu não sabia disto porque estava bêbado). No entanto, devido a força e incrível coragem de Teseu, é mais provável que ele, assim como heróis como Hércules e Perseu, seja um semi-deus, ou seja, filho legítimo de Poseidon, embora não se tenha certeza disso.

Antes de conhecer o filho, Egeu teve de voltar a Atenas, pois a situação estava instável devido à ambição dos sobrinhos. Por esse motivo, inclusive, o rei pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias, pois os ambiciosos palântidas eram capazes de matá-lo.

Nasceu um menino, que cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai, e dirigiu-se para Atenas.

No caminho para Atenas, Teseu deparou-se com Procusto. Este era um bandido que, disfarçado de vendedor, tinha em sua loja uma cama de ferro, que tinha seu exato tamanho, para a qual convidava todos os viajantes a se deitarem. Se eles fossem demasiados altos, ele amputava o excesso de comprimento para ajustá-los à cama, e os que tinham pequena estatura eram esticados até atingirem o comprimento suficiente. Teseu prendeu Procusto em sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés, aplicando-lhe o mesmo suplício que infligia aos seus "clientes".

Egeu tinha se aliado, entretanto, a Medéia. Esta, ao ver Teseu reconheceu-o como um perigo pois ameaçava a legitimidade do seu filho, até ali único herdeiro de Egeu. Convenceu então Egeu que Teseu era um espião e planejou envenená-lo, mas Egeu reconheceu seu filho ao ver a espada e as sandálias e ordenou que se festejasse por toda a cidade de Atenas aquele acontecimento.


Alguns anos antes desses acontecimentos narrados, Zeus, o chefe dos deuses, teria se encantado com a beleza de Europa, filha do rei Agenor, e para seduzí-la, transformou-se em um magnífico touro branco. A jovem, que divertia-se na praia com suas amigas, ao ver o animal aproximou-se, acariciou-o e, encantada com a sua docilidade, montou-o. No mesmo instante, o touro disparou em direção ao mar, e atravessa-o nadando, ainda sob a forma do animal, detendo-se apenas na ilha de Creta, onde Zeus deu-se a conhecer amando a jovem. Desta noite de amor, nasceu o futuro rei Minos.

Minos, sucedeu o seu pai e tornou-se rei de Creta, mas antes disso, ele disputou o trono com seus outros dois irmãos que também queriam se tornar rei. Para vencer a disputa, Minos pediu ao Deus do mar Poseidon que se fosse da sua vontade que ele se tornasse o rei, que fizesse um touro surgir do mar, e depois ele sacrificaria o animal em homenagem ao deus. Poseidon aceita o pedido, e um belo touro branco surge das ondas. Ao receber o animal, Minos provou a seus irmãos que era da vontade dos deuses que ele se tornasse o rei e ganhou a disputa, mas ficou tão impressionado com a beleza do touro que resolveu sacrificar um outro em seu lugar, esperando que o deus não se importasse.

Mas, muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Pede a Afrodite, a Deusa do amor, que fizesse com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro.
Enlouquecida de amores, Pasífae pede ajuda a Dédalo, um habilidoso arquiteto, que cria um  jeito de Pasífae se unir ao touro, uma espécie de vaca de madeira que, com Psífae em seu interior, possibilitou tal feito. Nasceu desta união o Minotauro, um ser com corpo de homem e com cabeça e cauda de touro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalo, , que construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta.

Teseu, prestes a matar o Minotauro

Parsífae cuidou do Minotauro durante sua infância, porém eventualmente ele cresceu e se tornou feroz; sendo fruto de uma união não-natural, entre homem e animal selvagem, ele não tinha qualquer fonte natural de alimento. Então após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses, o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.

Cansado de ver pessoas inocentes morrerem, após o terceiro ano de sacrifícios, Teseu resolve apresentar-se como voluntário para ir à Creta matar o Minotauro. Seu pai ficou muito preocupado, mas acabou cedendo, desde que Teseu ao voltar troque as velas negras do navio por uma branca, assim ele saberia logo de longe se seu filho estaria vivo ou não.

Então Teseu parte como se fosse uma das futuras vítimas do Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne, filha do rei Minos, apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia também ganhado de presente de Ariadne, colocando fim àquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo fio de Ariadne.

Na volta, Teseu, festejando em seu navio, feliz por ter conseguido matar o Minotauro, se esquece de trocar as velas do navio, e Egeu, que esperava preocupado e ansioso para avistar a vela branca, vê a embarcação surgir ao horizonte com a vela preta e Egeu, certo de que seu filho está morto, decide se matar, atirando-se no mar e afogando-se. Por isso, desde esse tempo o grande mar que banha a grécia é chamado de mar Egeu.

Teseu enfrentando o Minotauro


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os 12 Trabalhos de Hércules


Alcmena era esposa de Anfitrião. Quando seu marido estava na guerra, Zeus tomou a sua forma para fazer amor com Alcmena. Anfitrião desconfiou da infidelidade da esposa, e no fim, Zeus esclareceu-lhe tudo. Mas, surpreendentemente, Anfitrião ficou contente e honrado com a presença do deus em sua casa. A partir daí, o termo anfitrião passou a ter o sentido de "aquele que recebe em casa". Daquela noite de amor nasceu o semi-deus Hércules (ou Héracles, em grego).

O nascimento de Hércules provocou a ira de Hera, a ciumenta esposa oficial de Zeus, que mandou duas serpentes matarem o recém-nascido fruto do adultério. Este, porém, sem grande esforço, estrangulou as cobras, mostrando desde cedo possuir uma força descomunal. Hércules cresceu, mas Hera continuou a persegui-lo e usou seus poderes para provocar um acesso de loucura no herói, que acabou matando a própria esposa, Mégara, e os filhos, ateando fogo na própria casa. Quando Hércules recuperou a razão, procurou o Oráculo de Delfos - o mais famoso templo de consulta às divindades gregas - para buscar orientação sobre como enfrentar a tragédia.

O Oráculo mandou-o se entregar em servidão a Euristeus, rei da cidade de Micenas, que ordenou a realização das 12 famosas tarefas. Os 12 trabalhos foram realizados para que Hércules se redimisse das mortes que cometeu.
 

Conheça as 12 tarefas colossais realizados pelo herói.

1. O LEÃO DE NEMÉIA


Um gigantesco leão aterrorizava a população da região de Neméia, assustando e matando gado e pessoas. Como o animal se entocava em uma caverna com duas saídas, era muito difícil aproximar-se dele. Os caçadores da região pediram ajuda ao rei Euristeu, pois o animal havia se revelado invulnerável às suas armas. O rei enviou Hércules para aquele que seria o seu primeiro trabalho: exterminar o leão de Neméia. O herói fechou uma das saídas da caverna, obrigando o animal a abandoná-la pelo outro lado. Hércules, que o aguardava, desferiu-lhe um violento golpe com sua clava e ao perceber que o animal ficara tonto, em rápida ação, montou sobre ele e o estrangulou até a morte. Hércules decepou uma das garras do leão e com ela conseguiu arrancar a dura pele o animal, passando a usar o seu resistente couro como uma capa protetora.

 2. A HIDRA DE LERNA


A Hidra de Lerna era uma serpente colossal que amedrontava a região de Lerna, no Peloponeso, destruindo rebanhos e plantações. A Hidra possuia nove cabeças, sendo que a  do meio era imortal. Hércules planejou livrar-se dela degolando as suas cabeças, mas cada vez que ele decepava uma, duas nasciam no lugar. Para levar a termo o seu trabalho, ele contou com a ajuda de seu fiel amigo Iolaus. Para evitar o contínuo ressurgimento, Hércules as decepava e Iolaus cauterizava com fogo o local impedindo o aparecimento das novas cabeças. Após eliminar todas as mortais, Hércules levantou um enorme rochedo para enterrar a cabeça imortal, quando Hera mandou um enorme caranguejo para impedí-lo, mas o herói apenas o esmagou com um dos pés e conseguiu concluir o seu trabalho. Iolaus ateou fogo ao reduto do monstro queimando seus restos, evitando assim que ela pudesse ressurgir. Por fim, Hércules banhou suas flechas no sangue da Hidra para que ficassem envenenadas.

3 - JAVALI DE ERIMANTO


Um javali aterrorizava as vizinhanças do monte Erimanto. Enorme e feroz, ele matava quem cruzasse seu caminho. A tarefa era capturá-lo vivo. Ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas, o animal foi cercado e dominado por Hércules. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de uma ânfora de bronze.

4 - CORÇA CERINÉIA


Alcançou correndo a Corça de Cerínia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, ninfa que foi transformada no animal por Ártemis, para fugir da perseguição de Zeus. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que um dia, exausta, a corça parou para beber água num riacho, foi quando Hércules aproveitou a oportunidade e lançou uma flechada certeira que atingiu a corça na pata dianteira. Berrando de alegria, finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou com Ártemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar o animal que lhe era consagrado; mas o herói explicou que foi obrigado a fazer isso, botando toda a culpa em Euristeu, então a deusa concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.

5 - AVES DO ESTÍNFALE


Tratava-se de um pântano, que estava sendo assolado por aves negras que possuíam asas, garras e bicos de ferro. O herói, primeiramente usou um címbalo (antigo instrumento de música) para atraí-las e começou a tocá-los, e imediatamente inúmeras aves surgiram acima do pântano, bloqueando a luz do sol, transformando o dia em noite. Então Hércules, acendeu uma tocha e chamou a atenção das aves, que começaram a descer violentamente contra ele, então o herói pôde atingir várias delas com suas flechas venenosas e espantar as restantes para países longíquos.

6 - CAVALARIÇAS DE ÁUGIAS


Áugias, rei da Élida, tinha grandes rebanhos de cavalos mas não cuidava de seus estábulos, que acumularam uma colossal quantidade de estrume ao longo dos anos, que exalavam um cheiro mortal. Hércules conseguiu lavá-los num só dia, usando a água de dois rios, cujo cursos desviou com sua força.

7 - TOURO DE CRETA


Poseidon, o senhor das águas, ofereceu a Minos, rei da ilha de Creta, um belíssimo touro branco, o qual se tornou furioso porque o rei não o ofereceu em sacrifício ao deus.  O touro devastava os campos da região e Hércules foi até lá para dominá-lo. Após controlar o touro, Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.

8 - ÉGUAS DE DIOMEDES


Desta vez Hércules deveria ir até Diomedes, filho de Ares e rei da Trácia, para domesticar seus terríveis cavalos carnívoros que soltavam fogo pela boca. Como todo filho de Ares, Diomedes era um homem cruel, e tinha como principal diversão, lançar qualquer estrangeiro para servir de alimento aos seus cavalos, mas para Hércules isto nada representava. O herói seguiu em direção a Trácia, chegando lá procurou por Diomedes, que de imediato lançou os cavalos contra Hércules, mas ele capturou os animais e, notando que estavam famintos, serviu-lhes Diomedes como refeição.

9 - CINTO DE HIPÓLITA


Hipólita é a rainha das amazonas -  tribo de mulheres guerreiras descendentes de Ares e que odiavam os homens. Grandes guerreiras, desde meninas elas cortam um dos seios para melhor manejar o arco e flecha. Hipólita tinha um belo cinturão que lhe fora dado pelo seu pai Ares. O nono trabalho de Hércules era obter esse cinturão, desejado por Admete, filha de Euristeu. Hipólita, seduzida pelo belo e musculoso héroi lhe entrega o objeto (em outra versão, o cinturão é obtido depois de Hércules ter raptado a irmã de Hipólita, Menalipe, pedindo o cinturão como resgate). Mas a velha inimiga de Hércules, Hera, disfarçada como amazona, incita as mulheres a atacar Hércules fazendo correr o boato de que este está lá para raptar a sua rainha. A deusa consegue cegar de raiva as mulheres e começa uma batalha feroz e sangrenta contra os heróis. Hipólita tenta intervir, mas a ira e o tropel dos cavalos atrapalham suas ordens. As Amazonas, então, atacam-no e o herói, para conseguir fugir com o cinto, teve de matar todas elas.

10 - BOIS DE GERIÃO


Gerião era um gigante, com três corpos em um único par de pernas e possuía um numeroso rebanho de bois, que eram guardados por um pastor monstruoso, Eurítion, e seu cão de duas cabeças, Orto. Hércules facilmente matou a dupla, mas foi surpreendido por Gerião. Porém isto não causou nenhuma espécie de temor ao herói, que após uma longa batalha, percebeu que da cintura para baixo o gigante era exatamente como ele, e utilizando-se de um poderoso golpe, atingiu uma das pernas do mostro e o derrubou no chão, e sem piedade esmagou todos os corpos do gigante vencendo a batalha. 

Quando Hércules trazia de volta os bois de Gerião, exausto, decidiu parar para dormir um pouco. Naquela noite, o gigante Caco, que vivia nas cavernas dalí, rouba seis dos melhores bois que Hércules havia pegado de Gerião. Quando Hércules despertou, procurou em vão o gado perdido. Porém, quando estava a passar perto da caverna onde Caco estava escondido, um dos touros mugiu ruidosamente. Hércules, seguindo o som, encontrou Caco e matou-o, recobrando assim o gado.

11 - POMOS DE OURO


Euristeu queria as maçãs de ouro que nasciam no jardim das Hespérides. As Hespérides eram filhas de Atlas, um dos titãs que guerreou contra os deuses e, depois de derrotado, foi condenado por Zeus a carregar eternamente o céu nas costas. Hércules não conseguia encontrar os frutos, e estava prestes a desistir, mas em seu caminho ele encontra ninguém mais, ninguém menos que o titã Atlas, e então pensou que certamente ele deveria saber a localização da árvore. Hércules então perguntou ao velho, onde estava localizada a árvore, porém o titã não quis ceder a informação gratuitamente, então o herói se ofereceu para carregar o mundo no lugar do titã enquanto ele fosse buscar os frutos dourados.
Depois de algumas horas carregando o mundo nas costas, Herácles sentiu como deveria ser horrível para o titã e finalmente pôde avistar Atlas retornando com as maçãs douradas, depois de matar o dragão que as guardava. Mas então Atlas sentiu-se incrivelmente aliviado por não estar carregando todo aquele peso, e contou a Hércules que o deixaria lá para sempre, e o herói concordou, para o espanto de Atlas, pediu apenas para que antes fosse cumprir sua missão com as maçãs. Logo Atlas colocou o mundo nas costas novamente, Hércules foi embora mas nunca mais voltou.

12 - GUARDIÃO DO HADES


Cérbero, um cão de três cabeças e cauda em forma de serpente, guardava a entrada do Hades, o mundo dos mortos, permitindo a entrada de todos, mas não deixando ninguém sair. Hércules desceu ao Hades e o capturou facilmente. Após mostrar Cérbero a Euristeus, devolveu o cão guardião ao inferno e, finalmente, tendo executado todas as tarefas com sucesso, estava liberto, mas a sua história não acaba aí.


HÉRCULES vs ANTEU


Outra celebrada façanha de Hércules foi sua vitória sobre Anteu, filho de Gaia (a Terra), poderoso gigante e lutador, que era invencível, enquanto estivesse em contato com a terra, sua mãe. Anteu obrigava todos os estrangeiros que apareciam em sua terra a lutar com ele, com a condição de que, se fossem vencidos (como sempre eram), seriam mortos. Hércules o enfrentou e, vendo que não adiantava jogá-lo ao solo pois ele sempre se levantava com redobrado vigor, ergueu-o no ar e o estrangulou, como um abraço mortal.


A MORTE DE HÉRCULES


Após o último trabalho, Hércules disputou com Aquelau o amor de Dejanira, filha do rei da Etólia. Como a princesa a Hércules preferia, Aquelau, furioso, transformou-se em serpente, e investiu contra ele; repelido, transformou-se em touro, e de novo arremeteu; mas o herói enfrentou-o, pela segunda vez, quebrando-lhe os chifres. Aquelau então desistiu e Hércules desposou Dejanira.

Numa certa ocasião em que viajava em companhia da esposa, os dois chegaram a um rio, através do qual o centáuro Néssus transportava os viajantes, mediante pagamento. Hércules atravessou a nado o rio, mas encarregou Néssus de transportar Dejanira. Encantado com sua beleza, o centáuro tentou estuprá-la, mas Hércules escutou seus gritos e acertou uma de suas flechas envenenadas no peito de Néssus. Entretanto, antes de morrer e disposto a se vingar, Néssus disse a Dejanira que seu sangue era um elixir do amor e a aconselhou a guardar um pouco caso o marido deixasse de amá-la. Quando Dejanira pensou que Hércules havia se apaixonado por outra mulher, ela mandou-lhe um manto com gotas do sangue de Néssus. Ao vesti-lo, o herói sentiu o veneno infiltrar-se no seu corpo, queimando sua pele; louco de dores, ele tentou arrancar o manto, mas o tecido achava-se de tal forma aderido a sua pele que só saia com pedaços de sua própria carne. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas. Neste momento ouviu-se o rebombar do trovão. Era Zeus que arrebatava seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranquilidade, recebeu Hebe, a deusa da juventude, em casamento.