quarta-feira, 8 de junho de 2011

Quando os Mortos Matam - Capítulo 5

Capítulo 5

Acelerava o máximo que podia, os zumbis continuavam nos seguindo, mas fomos pegando distância e eles iam desaparecendo atrás de nós. Meu coração batia a mil por hora e eu estava muito nervoso, assim como os outros, afinal, por pouco não viramos comida de mortos.

Mas graças a Deus estávamos bem, até Vitor parecia melhor, agora com um curativo em sua mordida, ele descansava, no banco ao meu lado, quase dormindo. E mais uma vez nos encontrávamos na estrada, dirigia por horas, sem rumo. Havia um posto e eu achei melhor parar e abastecer, mesmo ainda tendo uma boa quantidade de gasolina, eu enchi o tanque e também umas garrafas de refrigerantes que as crianças tinham terminado, para deixar como reserva. Enquanto eu fazia isso, um dos atendentes do posto, agora um morto-vivo para variar, sentiu minha presença, mas andava devagar e eu consegui terminar e entrar no carro antes que ele me alcançasse.

Continuei a dirigir por mais algumas horas e já começava a escurecer, acho que saímos da região metropolitana e agora só havia enormes árvores em ambos os lados, a estrada era larga e parecia nunca ter fim, e o silêncio era perturbador. Eu liguei o rádio, que só emitia um incômodo chiado em todas as estações, então o desliguei e, na tentativa de descontrair um pouco, comecei a cantar. A música era Pais e Filhos, acho que nem preciso dizer de quem é. Aos poucos Fernanda me acompanhava, seguido do Leandro e das crianças, Pedro e July, que também começaram a cantar. E assim demos algumas risadas e cantávamos cada vez mais alto, o que não parecia incomodar nem um pouco o sono do Vitor, que estava até babando.

Quando encostei nele, percebi que sua pele estava extremamente quente e muito pálida, eu achei estranho e decidi acordá-lo, eu o chamei e ele começou a abrir os olhos que estavam completamente revirados, então ele começou a vir pra cima de mim, e eu chamava seu nome, mas não adiantava, de alguma forma Vitor havia se tornado um deles e queria me matar.

Os poucos momentos de alegria que estávamos tendo não duraram muito, agora tudo era gritaria e desespero, eu estava muito assustado e tive de largar as mãos do volante para me defender, e ele mostrava seus dentes para mim, com aqueles olhos todos brancos, sedento por carne humana. Vítor, agora um zumbi, parecia estar mais forte e eu já não tinha forças para lutar contra ele, quando de repente, o carro, fora de controle, adentrou a floresta escura. Não capotou, mas bateu bruscamente contra uma árvore, eu bati minha cabeça, que sangrava, mas ainda estava consciente, isto porque o lado mais afetado pela batida era o lado direito da frente, em que o Vítor estava, e, por isso, ele se encontrava quase esmagado pelo tronco da árvore. Se ainda fosse um humano, já estaria morto, mas ele ainda emitia um gemido, e esticava seu braço esquerdo para mim. Tudo que ele queria era provar pela primeira vez a carne humana. Leandro, Fernanda e as crianças disseram que estavam bem.

Tive de sair pela porta de trás já que ambas da frente estavam muito amassadas, antes disso eu atirei na cabeça daquele zumbi que um dia foi meu primo, não podia deixar ele ali, daquela maneira. Leandro, que além de primo era o melhor amigo de Vítor, chorava a sua morte, estávamos todos muito tristes, cansados e com medo. Aconteceu tanta coisa em apenas um dia. Tivemos de matar nossos próprios pais, e agora nosso primo também morre, ó meu Deus por que isto está acontecendo? Eu pensava no que iria ser de nós, agora com nosso carro muito destruído para andar novamente, estávamos sozinhos naquela estrada sombria, talvez sozinhos na cidade inteira, com mortos-vivos querendo nos matar. Mas seguimos em frente, continuamos andando pela estrada escura, fria e deserta.

Olhei no meu relógio de pulso e vi que já era quase meia noite, minha cabeça ainda doía por causa da batida e eu estava muito cansado. Pedro e July, coitados, continuavam andando, mas mal conseguiam abrir os olhos assim como Leandro e Fernanda. A estrada em que estávamos era completamente deserta, com uma densa e escura floresta por ambos os lados, então achei que era bem difícil ter zumbis por ali, na verdade eu queria muito acreditar nisso, mas tínhamos de dormir, então adentramos um pouco na floresta para ficarmos mais escondidos, nos deitamos na terra, fizemos as mochilas de travesseiro e imediatamente adormecemos.

Continua...

10 comentários:

  1. Essa parte da musica e da batida do carro ficaram ótimas, e estou mordido por que foi tão curto esse capítulo. QUERO MAISSSSSSS

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  2. hey cara, manda teu e-mail, to tendo muitas ideias cara, acho que vc vai gostar, a estória tá ótima, continua assim, vc tem talento e criatividade cara!!!!!

    gogogo manda mais um cap.

    (o personagem principal ainda nao tem nome, e também falta dialogo)

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  3. olá, caro... "anônimo", fiquei sem tempo para escrever os capítulos seguintes, mas como daqui a uma semana entro de férias(deus é pai!), vou continuar a história sim! Se tudo der certo, daqui a duas semanas eu posto o cap. 6.

    Quanto às suas críticas, optei por um texto sem diálogos, como se o personagem principal estivesse escrevendo em seu diário, e quanto ao nome dele, ainda não revelei por uma questão estratégica, só no próximo capítulo você ficará sabendo. Aguarde!!!


    Suas sugestões serão bem-vindas, aí o meu e-mail:

    gabrielzfranca@hotmail.com

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  4. muito bom meu velho,tbm escrevo contos de vários temas,mas confesso que os de zumbis são meus preferidos,tenho uma legião de contos dessa natureza escrito em um site de contos,continua logo essa história,dou doido pra vê o final dela...rsrsrsrs...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Cara cade os outros episódios? Tem muito tempo que voce não posta mais da estória :(

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  7. cara cade o resto da historia vse nao pode ter esquecido de nós fãs do seu blog que estão doidos pela continuação...
    tá muito boa mas falta um pouco de dialogo pq se continuar assim vse escreve tudo de uma vez e a historia fika pequena
    vc pode colocar nas partes em que eles estão calmos um pouco da reflexão dos outros personagens, e é bom vc colocar um antagonista por que um só personagem nao fica muito bom os outros só ficam ocupando espaço na historia q só tem praticamente o "carinha sem nome"

    coloque ênfase em outro personagem faça os leitores ter outro personagem em quem se apixonar, como o Shane em TWD.

    assim sua historia fica mais complexa.

    por favor coloque a continuação da historia....
    é muito boa.
    vc tem futuro no mundo dos livros.

    tenho varias ideias para te ajudar é só me add

    silvano.junior2010@hotmail.com

    se possivel crie uma pag. no facebook uma extensao para o seu blog. onde poderemos ficar atualizados


    cara sou seu fã

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  8. Oi pessoal, pois é, não deu pra postar ainda por falta de tempo, mas com todos esses pedidos de vocês, farei todo o possível para tentar continuar a história do "carinha sem nome" e companhia.

    Faço as histórias curtas e sem diálogo pq por enquanto eu só as publico aqui no blog, mas caso algum dia eu resolva escrever um livro, incluirei diálogoas a história sem muito auterá-la.

    Fiquem sempre ligados aqui no Olimpo, que não vai demorar muito pro sexto capítulo aparecer e cheio de surpresas...

    Junior, muito obrigado por ser meu fã! Fico muito feliz com isso!

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  9. continuaaa a historia estamos esperando anciosamente o proximo post pf manolo seus site é mt legal assim como vc eu tbm curto zumbis e mitologia grega

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  10. cara vc tem mt talento vo te dar uma sugestao: assim como em TWD eles encontram um lugar que parece ser o lugar perfeito pra eles (na parte que eles encontram o governador) mais na vdd nao era bem o que eles pensavam. ou entao um grupo descobre sobre as armas eos suprimentos deles em quanto eles dormiam e mandam um integrante pra ir pro grupo deles pedindo ajuda e quando anoitece e eles ja estao dormindo ele faz uma emboscada pra eles... ou algo parecido com isso mais so nao deixe mt parecido com TWD e nem coloque nomes iguais aos dele se nao vai parecer mt plagio mais é so uma sugestao =) bom trabalho kra

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